quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Beautiful Chianti




Gosto muito de atores dramáticos (ou tortuosos, vá). Daqueles que impressionam não só pela óbvia capacidade de representação, mas pela transformação que sofrem, a tal ponto que deixamos de pensar na crise, da chuva lá fora, das contas para pagar e de tudo o mais que nos venha à cabeça. Naquele exato momento, estamos presos ao ecrã e de respiração suspensa. É engraçado que a maioria destes atores, aspiram a um género de representação inata, quase pueril e inocente, sem se preocuparem com linhas mestras e pescoços a 45º e luzes a esbaterem-se no rosto. Um pouco como o Marlon Brando, que supostamente nunca decorava as falas.
Um destes atores é Anthony Hopkins. Um ator que consegue tirar dele próprio uma personagem como o Hannibal (não preciso de referir os filmes, certo?) ou um Powell em Instinto ou o mais recente e prestes a estrear Hitchcock e que não se deslumbra pelo espetáculo das luzes do "bosque da holly" e permanece fiel a si próprio, a passear de camisa havaiana e chapéuzinho de palha quando lhe dá na real gana, a pintar no Texas e a compor melodias e a lançar CDs (do que ouvi e quanto a mim, de alguma qualidade), só pelo gozo que lhe dá. Creio que os atores mais sinceros sobre o motivo que os levam a fazer o que fazem, acabam por ser também os melhores.

"I have no interest in Shakespeare and all that British nonsense... I just wanted to get famous and all the rest is hogwash."

" I am able to play monsters well. I understand monsters. I understand madmen"

Anthony Hopkins


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Depois eu é que sou maluca..


Não percebo porque é que só eu é que vejo o Josh Homme neste petiz. Mas tudo bem...o povo aceita.